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Prazer, eu sou a Julinha, e minha arte é contar histórias

Quando era bem pequena usava palavras faladas para traduzir as imagens que eu via na minha cabeça. Aos dez anos descobri que essas palavras poderiam ser escritas. Às vezes usava só as palavras, outras combinava com desenhos. Tanto que um dos meus tesouros é a minha pasta de redação da 4a série, com as redações e os mapas que eu desenhava para ambientar as aventuras que ia contar. Com os anos as palavras foram ficando cada vez mais importantes, até que um dia a fotografia entrou na minha vida. No começo eu ainda não sabia que ela também poderia ser um instrumento para contar histórias, mas se contar histórias já era a minha arte, é lógico que essas imagens contadoras de histórias começaram a aparecer no meu trabalho. E alguns anos depois eu reconheci qual era a minha arte. Não eram a escrita ou a fotografia isoladas, e sim a arte de contar histórias.

FOTOGRAFIA DOCUMENTAL DE FAMÍLIA

Documentar o dia de uma família é estar presente. É registrar a cor e a bagunça trazida pelos filhos, com seus brinquedos espalhados pelo chão e desenhos cobrindo a geladeira.
É a sua casa, com todas as marcas que vocês criaram para transforma-la em lar. São as migalhas que sobraram na mesa do café da manhã. É o cachorro correndo pela casa, o gato subindo pelas estantes. O beijo de bom dia, o almoço preparado na correria do dia a dia, as conversas em volta da mesa. É também o choro e o aconchego.

É A SUA FAMÍLIA E A SUA HISTÓRIA

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